quinta-feira, 25 de outubro de 2007

E tempo para os filhos?

Apenas 6% das crianças portuguesas brincam diariamente com os pais, de acordo com um estudo europeu que pretende avaliar os hábitos de brincadeira das crianças e pais na Europa. Porque brincar é vital para o desenvolvimento harmonioso da criança, a todos os níveis, os
especialistas alertam os pais devem despender algum tempo, todos os dias, para participar das
brincadeiras.
"É a brincar que a criança desenvolve habilidades psicomotoras e exercita a imaginação. É fundamental para o desenvolvimento harmonioso", sublinha Pedro Monteiro, pedopsiquiatra do Hospital de Crianças Maria Pia (Porto). As actividades lúdicas são fundamentais também para reforçar os laços afectivos entre pais e filhos, suavizando as funções educativas que envolvem algum autoritarismo.
Reservar diariamente um tempo, mesmo que não seja muito, mas que seja de qualidade é fundamental. "Não pode ser algo que seja feito por obrigação.
Deve ser um tempo passado com alegria, para ambos", sublinha.
Os dados do Duracell Toy Survey, estudo que se realiza há oito anos na Europa, referem que uma em cada cinco crianças europeias afirma ter momentos diários de brincadeira com os progenitores. De acordo com este inquérito, os miúdos portugueses são os que menos brincam com os pais.
Contrariando a crença de que a televisão e os jogos de computador são as actividades preferidas dos mais novos, este estudo revela que os brinquedos ainda continuam a ser a principal escolha no que respeita à diversão. Ver televisão ocupa o segundo lugar nas preferências das crianças portuguesas e as actividades ao ar livre surgem logo a seguir, antes dos jogos de computador ou vídeo. A internet ainda não aparece entre as actividades predilectas.
Este dado confirma a convicção de Pedro Monteiro de que as crianças continuam a gostar de brincar ao ar livre e praticar actividades físicas e devem ser realizadas em família. O pedopsiquiatra defende que os pais não devem abster-se de colocar limites, quer quanto ao tipo de brincadeiras permitidas às crianças, quer quanto à quantidade e natureza dos brinquedos.
"A competitividade entre os miúdos na escola leva a que os pais sintam que estão a privar os filhos de algo importante quando não lhes dão brinquedos caros, mas a verdade é que um brinquedo simples pode apela mais à imaginação e ao desenvolvimento de várias competências". (JN 24-10-2007)

1 comentário:

Anónimo disse...

Creio que não se temtempo para brincar, verdadeiramente, com os filhos e tenta-se colmatar isso dabdo objectos que muitas vezes apenas os fazem regredir na aprendizagem de competências essências para a vida adulta. A competitividade advém, no meu ver, da carência afectiva, provocada pela falta de disponibilidade efectiva dos pais para com os filhos. Digo, normalmente, que é preferivel cinco minutos a conversar com as crianças, olhos nos olhos, do que 1 hora de costas voltadas para elas quando se está, por ex, a fazer o jantar ou outra coisa quqlquer...digo eu...

Espero que este espaço continue :)

Abraço sereno